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Jerusa Geber vence os 100m e conquista primeiro ouro

Atleta paranaense Lorena Spoladore ficou com a medalha de bronze

Publicado em 03/09/2024 - 18:32 Por Agência Brasil* - Brasília

A atleta acreana?Jerusa Geber (na foto ao lado do guia?Gabriel Aparecido dos Santos Garcia), 42 anos, conquistou nesta ter?a-feira (3) a medalha de ouro nos 100m, da classe T11 (deficiência visual). Ela completou a prova em 11s83, superando a chinesa Cuiqing Liu, que ficou com a prata (12s04), e a paranaense?Lorena Spoladore, que ficou com o bronze (12s14).?

Foi a primeira vez que Jerusa subiu ao lugar mais alto do pódio no megaevento (ela tem duas pratas e dois bronzes), conquistados em três edi??es diferentes: Pequim 2008, Londres 2012 e Tóquio 2020.

Lorena Spoladore, por sua vez, conquistou sua terceira medalha paralímpica. Ela já tinha uma prata no revezamento 4x100m, e um bronze no salto em distancia, ambos conquistados no Rio 2016.

Recorde mundial nas semifinais

Jerusa bateu o recorde mundial na semifinal da prova, com o tempo de 11s80. A marca anterior já pertencia a ela mesma – 11s83, registrada no CT Paralímpico, em S?o Paulo.

Apenas quatro velocistas cegas na história conseguiram fazer os 100m em menos de 12s. Além da acreana, apenas as chinesas Cuiqing Liu e Guohua Zhou, além da britanica Libby Clegg conseguiram tal feito. Outras duas atletas do Brasil chegaram perto: a paranaense Lorena Spoladore, que registrou o tempo de 12s02, em 2019, e a mineira Terezinha Guilhermina, que terminou a distancia em 12s10, nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016.

Foi apenas no último ciclo paralímpico que Jerusa se consolidou como uma das principais velocistas da classe T11. Após a medalha de bronze nos 200m em Tóquio 2020, ela foi ouro nos 100m e nos 200m no Mundial de Paris 2023, ouro nos 100m e nos 200m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, e ouro nos 100m e bronze nos 200m no Mundial de Kobe 2024.?

Histórico

Jerusa nasceu totalmente cega. Ao longo da vida, fez algumas cirurgias que possibilitaram que ela enxergasse um pouco, mas aos 18 anos voltou a perder totalmente a vis?o. Conheceu o esporte paralímpico aos 19 anos a convite de um amigo também deficiente visual.?

Devido a um glaucoma congênito desde os primeiros dias de vida, a paranaense Lorena Spoladore?perdeu a vis?o gradativamente. A família mudou-se para Goiania em busca de tratamento, mas, aos 4 anos, Lorena já tinha 95% da vis?o comprometida. Dois anos mais tarde, ficou totalmente cega.

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*Com informa??es do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

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